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Comentários sobre o Cap. 8 de Deus e Universo
Solução Última do Problema do Ser

Pedro Orlando Ribeiro

    Ubaldi inicia o capítulo afirmando que recebeu de forma instântanea, através da intuição, a base conceitual do livro Deus e Universo. A essência desta intuição instântanea não pode ser alcançada pelas capacidades comuns da mente humana e, por isso, ao repassar a descrição destes conceitos preferiu o método racional que permitiria a compreensão do texto pela maioria das pessoas. Ele não seria compreendido se apresentasse apenas os resultados finais da visão intuitiva sem o desenvolvimento progressivo e o encadeamento lógico, propriedades da mente racional da maior parte dos leitores. Mas, mesmo desta forma, os dois princípios que são os fundamentos da teoria, o amor e a liberdade, não podem ser demonstrados pela lógica racional. São, portanto, axiomas imediatamente evidentes que se admite como universalmente verdadeiros sem exigência de demonstração. Segundo Ubaldi não é preciso demonstrar a quem vê que a luz existe. Embora o resultado de uma visão intuitiva seja para quem a possui uma indiscutível verdade absoluta, ele a toma apenas como uma hipótese de trabalho, aguardando que os fatos comprovem a hipótese e, somente assim, ela será aceita como verdadeira.

    Voltando a examinar a visão que descreveu nos capítulos anteriores, Ubaldi adota como ponto de partida a existência de Deus que é o Todo-infinito e por isso nada pode existir fora Dele e nada se pode tirar ou acrescentar à Sua Substância, assim a criaturas surgiram no Seu seio e eternamente farão parte Dele. Deus dividiu-se por Amor mas, continua "Uno", porque as criaturas estão fundidas em um só organismo unitário (MONISMO). Essa é a origem de um Sistema Orgânico perfeito onde os seres foram criados perfeitos e livres dentro de um organismo hierarquizado constituindo um Todo harmônico, sendo Deus o vértice desta hierarquia. Estes seres eram perfeitos porque foram criados da substância de Deus, cujo atributo principal é a perfeição.

    Na Criação Original (Sistema) as criaturas eram livres e, parte delas, usaram desta prerrogativa e se rebelaram contra o Sistema provocando a queda destas individualidades no Anti-Sistema. O Anti-Sistema é uma contrafação do Sistema, isto é, suas qualidades são diametralmente opostas às do Sistema. Mas como o Sistema é infinito nada poderia existir fora dele; o Anti-Sistema continuou dentro do Sistema mas de forma emborcada, assim, a queda não foi igual para todos pois se tratava de um sistema orgânico hierarquizado e por isso quem estava mais no alto caiu mais em baixo, ou seja, quem estava mais próximo de Deus foi projetado mais longe até o maior de todos os rebeldes (Lucífer), que devia estar mais próximo de Deus e se tornou o chefe do Anti-Sistema (P. Ubaldi - O Sistema). Nasceu, assim, o dualismo de dois sistemas opostos. É por esta razão que no nosso mundo, que pertence ao Anti-Sistema, vemos que tudo é contrastante, isto é, há alternância entre bem e mal, luz e trevas, construção e destruição, vida e morte etc... Daí se pode inferir que cada individualidade possui, em grau relativo, qualidades de ambos sistemas. Neste dualismo não há separação entre os seus dois termos pois o ser oscila entre as qualidades do Sistema e do Anti-Sistema. A unidade de cada individualidade foi preservada embora cindida internamente em duas partes inversas e complementares que não podem separar-se. Esta convivência forçada entre dois termos constratantes faz com que a unidade de qualquer ser fenômenico seja resultado da luta entre estes termos opostos.

    Por ser o Sistema absolutamente perfeito, existe na sua constituição um mecanismo automático de recuperação da queda. Este mecanismo é a Evolução que mesmo respeitando o livre arbítrio da criatura está reconstruindo o que ruiu com a queda.

    A ciência teológica costuma destacar como os atributos principais da Divindade a Onipresença, a Onipotência e a Onisciência que nada mais são do que a constatação que Deus está além das dimensões espaço (relativo a matéria), tempo (relativo a energia) e consciência (relativa ao espírito) que estabelecem os limites restritivos para as manifestações da vida humana que só podem acontecer nas fases matéria, energia e espírito e não aquém ou além dessas fases. Vimos acima que a criaturas se originaram diretamente da transformação da Substância Divina, assim, por extensão, a matéria, a energia e o espírito são manifestações da Divindade no nosso Universo decaido (criação C da figura 2 de A Grande Síntese). Vemos, também, nesta figura que existem criações (a, b, d, etc.) que antecedem e seguem ao nosso Universo (Criação C), isto é, Universos menos evoluidos e mais evoluidos que o nosso. Lembre-se que a queda não foi igual para todos o que explica a seqüência das criações. Nestes Universos a substância Divina tem fases e dimensões diferentes do nosso e, portanto, não são alcançáveis pelos nossos sentidos e nem compreensíveis pela nossa mente que é estruturada pelas fases matéria, energia e espírito e, portanto, limitada pelas dimensões espaço-tempo-consciência. Compreende-se, assim, que existem infinitas criações e em conseqüência infinitas fases e suas respectivas dimensões no conjunto de criações, mas Deus está além dos limites impostos por qualquer dimensão pois supera todas. Deus é um ser sem limites. Por não encerrar limites Deus sempre "é".

    Pela análise do gráfico do parágrafo anterior evidencia-se o fato de que todas as criações são tríplices na sua constituição. Assim, por exemplo, o nosso Universo é estruturado pelas fases g(matéria), b(energia) e a(espírito). Isto acontece porque a perfeita criação original (primeira criação) foi concebida por Deus em três momentos ou modos de ser: Pensamento, Vontade e Ação. Este é o chamdo processo criativo, É através deste processo criativo que o grande esquema da criação original se reflete escalonadamente no relativo do nosso Universo decaído. Assim como o universo antes da queda se desenvolveu da sua causa primeira - Deus, os fenômenos do nosso universo decaído se desenvolvem a partir do espírito (espírito ® energia ® matéria). Se a essência de qualquer individuação fenomênica é a substância divina, existe, então, obrigatoriamente, um mesmo padrão estrutural para toda a criação. A bíblia afirma isto de maneira singela: Também disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.

    É o AMOR DIVINO o princípio condutor que levará a Evolução a concluir sua tarefa, revertendo o emborcamento do Anti-Sistema, reunificando as miríades de criaturas decaídas num organismo único pois sem o amor como amálgama é impossível alcançar uma união livre e perfeita.

    Assim, a essência primeira de Deus é o Amor. Segundo Ubaldi, deste princípio derivam todos os outros, primeiramente a liberdade do ser e, depois, o bem, a bondade, a harmonia, o poder, o conhecimento, a beleza, a felicidade etc. É fácil ver que a Liberdade é a caracteristica principal do amor, pois unificação sem liberdade de escolha seria uma imposição escravagista, o amor não pode ser imposto obrigatoriamente. É por esta razão que o Amor e a Liberdade são os pilares básicos sobre os quais se apoia o perfeito Sistema Orgânico da Criação. O que define qualquer criatura integrante do Sistema é o egocentrismo que subtende o conceito de liberdade e de independência em relação as outras criaturas. O amor é a força reequilibradora da unilateralidade do egocentrismo e promove a unidade das criaturas no interior do Sistema; o que seria impossível sem o seu concurso.

    Outro conceito desenvolvido neste capítulo é o da Imanência e Transcendência de Deus. Imanência e transcendência são os aspectos (aparências) que a Substância Divina se revela ao nosso entendimento. Como toda criatura foi gerada da substância divina ela é, portanto, participante dos atributos da Divindade. É o que se denomina Imanência de Deus na criação. Quando Deus criou o Sistema Ele se dividiu internamente, multiplicando-se em infinitos seres mas permanecendo uno, isto é, Deus permanece UNO mantendo seu EU distinto das criaturas (transcendência) e ao mesmo tempo permanece nas criaturas (imanência). Segundo Ubaldi a transcendência é, pois, o princípio de natureza abstrata, que no aspecto imanência descerá às formas para animá-las, mas que, como aspecto transcendência permanece inalterado, acima de qualquer criação. (Cap. 17 - Deus e Universo)

     Para que fique bem claro é necessário compreender que Deus não se divide em dois, um Deus Transcendente e um Deus Imanente. A esta altura, poder-se-ia, contudo, objetar: existem, então, dois Deuses? Respondemos: existirão, talvez, duas Terras, porque a nossa tem dois pólos? Existirão, porventura, dois seres em um homem porque é feito de alma e corpo? (P. Ubaldi - Deus e Universo) Na realidade transcendência e imanência são apenas visões de aspectos diferentes de Deus devido à posição do ser no universo atual. No fundo o Todo-Uno pode ser compreendido sob a forma cinética, isto é, tudo o que existe é vibração. A matéria é apenas movimento de partículas sub-atômicas que por sua vez são resultado de movimentos de partículas ainda menores e assim sucessivamente ad infinitum. Considerações semelhantes podem ser feitas em relação a energia e o pensamento que se transmitem de forma ondulatória. O substrato comum de tudo que existe no nosso Universo é, portanto, a vibração: : [...] poder-se-ia dizer que o universo é inteiramente feito dessa primordial Substância conceptual que é o pensamento de Deus, e qual um infinito oceano vibrante, em cujo seio, porém, cada individualização do ser não vibra da mesma forma. (P. Ubaldi - Deus e Universo).

    Assim, imanência e transcendência, nos seus fundamentos, são modos diferentes de vibração espiritual da Substância Divina. Vê-se, então, que quando se emprega um denominador comum (no caso a vibração) fica mais fácil compreender as sutilezas que diferenciam as noções de imanência e transcendência. Podemos concluir então que atrás do dualismo imanência-transcendência resplandece o unitário pensamento divino: o MONISMO.

    No capítulo 17 deste livro (Deus e Universo) Ubaldi aprofunda estes difíceis conceitos sobre Imanência e Transcendência, e no capítulo 12 do livro O Sistema encontra-se um texto que descreve a Teoria Cinética da Queda.

    De posse desta teoria, desenvolvida nos parágrafos anteriores, sobre a natureza da 1ª criação e a posterior queda de parte das criaturas no Anti-Sistema, podemos agora compreender o Universo em que vivemos. Por analogia ao esquema de tipo único que governa o Universo, tudo se repete escalonadamente, assim a unidade fenomênica menor se espelha na unidade maior. Desta forma no nosso Universo o fenômeno da queda se reproduz a cada momento em todos os fenômenos do macrocosmo ao microcosmo. No nosso mundo a queda é representada pelo transformismo involutivo:

espírito (a) ® energia (b) ® matéria (g)

     Este transformismo representa o nascimento de nosso Universo material. A energia e a matéria são, portanto, criações às avessas, um retrocesso involutivo, uma corrupção do espírito. Este recuo aconteceu por culpa da criatura em virtude de sua liberdade original. Mas por ação da forças evolutivas pertecentes ao Sistema abriu-se um caminho de retorno do Anti-Sistema à perfeição original. É o transformismo evolutivo:

matéria (g) ® energia (b) ® espírito (a)

    A Ciência tem os seus olhos quase exclusivamente sobre a matéria e, até agora, não conseguiu ampliar seu ângulo de visão de forma a abranger os fenômenos espirituais, campo de atuação de uma fé, ainda ingênua, que precisa da colaboração da ciência para iluminar o seu enevoado mundo de mistérios. A fé tem a função de penetrar por intuição no mistério, mas não pode opor-se ao controle racional da ciência, da qual tem necessidade para adquirir a solidez positiva que lhe falta. Por seu lado, a ciência tem necessidade da fé e da intuição para alcançar as altas zonas misteriosas que escapam ao raciocínio frio e aos métodos experimentais. Assim, fé e ciência são feitas para colaborar. São matérias complementares. (P. Ubaldi - Um Destino Seguindo Cristo)

    É por esta razão que Ubaldi afirma que é uma louca pretensão da Ciência pretender reconstruir o princípio unitário e o esquema universal a partir desta visão unilateral que emprega hoje.

    Detalhando o processo da queda Ubaldi descreve os dois sistemas dimensionais trifásicos percebidos pela nossa mente racional. Estes Sistemas são:

Sistema dimensional 1a dimensão 2a dimensão 3a dimensão
Sistema dimensional trifásico - I (Espacial) Linha Superfície Volume
Sistema dimensional trifásico - II (Conceitual) Tempo Consciência Super-consciência












    Nosso universo emergiu de um universo inferior e caminha para universos superiores. Podemos, baseados no gráfico da figura 2 de A Grande Síntese e, em outras descrições de Ubaldi, elaborar um quadro, embora incompleto, da seqüência dos universos mais próximos do nosso. Na tabela abaixo, construida de acordo com a figura citada, o nosso universo é o Universo C. Note-se que em harmonia com o principio da Trindade da Substância os universos também se agrupam de forma ternária. São os Superuniversos que denominamos de:

1- CONJUNTO DE UNIVERSOS DE DESENVOLVIMENTO MATERIAL
2 - CONJUNTO DE UNIVERSOS DE DESENVOLVIMENTO CONCEPTUAL
3 - CONJUNTO DE UNIVERSOS DE DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL

Superuniversos Universos Fases Classe
Dimensional
Dimensão
Específica
CONJUNTO DE UNIVERSOS
DE
DESENVOLVIMENTO MATERIAL
(Superuniverso Material)
UNIVERSO
?
? ? ?
? ? ?
? ? ?
UNIVERSO
?
? ? ?
-y 1ª dimensão espacial linha
-x 2ª dimensão espacial superfície
UNIVERSO
A
-y 1ª dimensão espacial linha
-x 2ª dimensão espacial superfície
g 3ª dimensão espacial volume
CONJUNTO DE UNIVERSOS
DE
DESENVOLVIMENTO CONCEPTUAL
(Superuniverso Conceptual)
UNIVERSO
B
-x 2ª dimensão espacial superfície
g 3ª dimensão espacial volume
b 1ª dimensão conceptual tempo
UNIVERSO
C
g 3ª dimensão espacial volume
b 1ª dimensão conceptual tempo
a 2ª dimensão conceptual consciência
UNIVERSO
D
b 1ª dimensão conceptual tempo
a 2ª dimensão conceptual consciência
+x 3ª dimensão conceptual superconsciência
CONJUNTO DE UNIVERSOS
DE
DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
(Superuniverso Espiritual)
UNIVERSO
E
a 2ª dimensão conceptual consciência
+x 3ª dimensão conceptual superconsciência
+y 1ª dimensão hiper-conceptual ?
UNIVERSO
F
+x 3ª dimensão conceptual superconsciência
+y 1ª dimensão hiper-conceptual ?
+z 2ª dimensão hiper-conceptual ?
UNIVERSO
G
+y 1ª dimensão hiper-conceptual ?
+z 2ª dimensão hiper-conceptual ?
? 3ª dimensão hiper-conceptual consciência mistica unitária

    No quadro acima vemos que o produto máximo do desenvolvimento de cada superuniverso são os seguintes:

1 - Superuniverso Material: matéria g cuja dimensão é o volume
2 - Superuniverso Conceptual: superconsciência +x cuja dimensão é a superconsciência (intuição)
3 - Superuniverso Espiritual: (desconhecido) cuja dimensão é a consciência mistica unitária (veja o livro Ascese Mística)

    Segundo Ubaldi, o princípio único que mantém unidos e compactos os organismos, toma as seguintes formas adaptadas à substância em que se revela nestes superuniversos:

1 - Superuniverso de desenvolvimento Material: coesão
2 - Superuniverso de desenvolvimento Conceptual: atração (simpatia)
3 - Superuniverso de desenvolvimento Espiritual: amor

    Ubaldi explica pormenorizadamente o transformismo involuitivo das dimensões ocorrido durante o processo da queda. Este caminho involutivo pode ser compreendido se percorrermos a tabela dos conjuntos de Universos de baixo para cima. Se a percorrermos no sentido contrário, isto é, de cima para baixo, veremos o desenvolvimento do fenômeno evolutivo que agora estamos submetidos após a conclusão do processo da queda.

    Em seguida somos advertidos que a forma gráfica adotada para adequar os conceitos a nossa mente espaço-temporal pode nos levar a fazer uma idéia errada das dimensões dos Universos que estão além do nosso. Nestes Universos não existem as dimensões espaço-temporais e, portanto, a forma gráfica nos levaria a conclusões erradas. Ele nos diz: Certamente é mais fácil de imaginar, com a nossa psicologia concreta e sensória, um fenômeno expresso em termos geométricos espaciais. Mas, na realidade a substância do fenômeno é abstrata: é um pensamento reduzível a cinética, que pode involver no dinamismo linear da energia e aprisionar-se no dinamismo fechado da matéria.

    Ubaldi ao descrever o surgimento das dimensões superiores a partir das dimensões inferiores, emprega uma imagem geométrica, pois o nosso pensamento é basicamente concreto, reflexo do mundo material a que estamos inseridos. A expressão elevação de uma perpendicular não traduz a verdadeira realidade do fenômeno da evolução das dimensões, que é na sua essência puramente cinético. Vimos acima que matéria, energia e pensamento são vibrações e diferem entre si apenas pelo tipo de trajétoria, comprimento de onda e freqüência vibratória. Assim, a imagem da perpendicular é apenas para facilitar o nosso entendimento. O transformismo dimensional é puramente cinético. Tudo no universo é MOVIMENTO e apenas MOVIMENTO, assim Espírito é movimento, Energia é movimento e Matéria também é movimento. O que diferencia uma fase da outra é a trajetória deste movimento. Nos átomos constituintes da matéria este movimento é circular fechado, na Energia a trajetória também é cíclica SÓ QUE O CICLO É MAIS AMPLO. Da mesma forma o Espírito que é Pensamento é um ciclo com raio de curvatura maior. Portanto tudo é curvo no espaço, no tempo e na consciência. O que diferencia uma dimensão da outra é o RAIO DE CURVATURA do ciclo de sua respectiva fase.

    É por isso que ao descrever minuciosamente o transformismo involutivo e evolutivo Ubaldi emprega as expressões sinistrogira (que gira para a esquerda) e dextrogira (que gira para a direita). O movimento sinistrogiro, próprio da criatura rebelde que gira sobre si mesma, provoca uma contração (encurvamento) das dimensões. Assim as dimensões de nosso Universo concebível surgiram da contração de dimensões de Universos que estão além da imaginação humana. Dentro dos limites de nosso concebível podemos ver apenas o processo de encurvamento do Sistema dimensional trifásico Conceitual no Sistema trifásico dimensional espacial seguindo as a seguintes etapas:

transf1.jpg

    O transformismo evolutivo que ora percorremos é o caminho inverso do esquema acima. A criatura atraida pelas radiações dextrogiras de Deus retomará paulatinamente o caminho ascendente.

transf2.jpg

    O transformismo não é linear como está indicado nas duas seqüências acima, pois todos os fenômenos, sejam eles materiais, energéticos ou psíquicos, repetem o motivo da queda original que estabelece uma estrutura dualística (Lei da Dualidade) no interior do fenômeno considerado. O transformismo é. portanto, cíclico, alternado entre períodos evolutivos e involutivos. Nas figuras foram omitidos os períodos involutivos. Mas, como vimos acima (figura 2 da grande Síntese) existem infinitas criações e em conseqüência infinitas fases, assim podemos extender as seqüências
espírito
(a) ® energia (b) ® matéria (g) (Involutiva)
matéria
(g) ® energia (b) ® espírito (a) (Evolutiva)
para as sequências:

Involutiva

  D= -¥ ¬ ..... -y ¬ -x ¬ g ¬ -x ¬ g ¬ b ¬ g ¬ b ¬ a ¬ b ¬ a ¬ +x ¬ a ¬ ... ¬ +¥

Evolutiva

  D= -¥ ® ..... -y ® -x ® g ® -x ® g ® b ® g ® b ® a ® b ®a ® +x ® a ® ... ® +¥

    Para melhor compreensão das sequências, separamos cada universo nas linhas da tabela abaixo para ressaltar as repetições de fases. Olhando para as colunas pode-se constatar que cada fase é percorrida três vezes para completar o seu ciclo. Lendo-se a tabela da esquerda para a direita e de cima para baixo temos a sequência evolutiva. Da direita para a esquerda e de baixo para cima temos a sequência involutiva.

-¥ ... -y -x g -x g b g b a b a +x a +x +y ... +¥
-¥ ... -y -x g Universo w1 ... +¥
-¥ ............. -x g b Universo w2 ... +¥
-¥ .................... g b a Universo w3 (Nosso Universo) ... +¥
-¥ ....................... b a +x Universo w4 ... +¥
-¥ .............................. a +x +y Universo w5 ... +¥












    O conjunto de Universos (w1, w2, w3, w4, w5 etc.) formam D, ou seja:

D=...w1 + w2 + w3 + w4 + w5 + ...

    Essa expressão pode ser condensada na seguinte fórmula matemática:

D = Sw

    Dissemos acima que a essência de qualquer individuação fenomênica é a substância divina, assim as fases (-y, -x, g, b, a, +x, +y, etc.) são aparências que a mesma Substância assume no processo involutivo-evolutivo. Podemos reescrever as sequências acima tomando a letra S como símbolo da Substância Única da Divindade e colocando abaixo um índice númerico que indica o nível evolutivo que se encontra. Desta forma teremos:

- y = S-2
-x = S-1
g = S0
b = S1
a = S2
+x = S3
+y = S4
etc.

Seqüência Involutiva

D= S-¥ ¬ ..... ¬ S-2 ¬ S-1 ¬ S0 ¬ S-1 ¬ S0 ¬ S1 ¬ S0 ¬ S1 ¬ S2 ¬ S1 ¬ S2 ¬ S3 ¬ S2 ¬ ... ¬ S+¥

Seqüência Evolutiva

D= S-¥ ® ..... ® S-2 ® S-1 ® S0 ® S-1 ® S0 ® S1 ® S0 ® S1 ® S2 ® S1 ® S2 ® S3 ® S2 ® ... ® S+¥











    Os transformismos involutivo e evolutivo formam um ciclo. Quando o semiciclo involutivo atinge o desmoronamento máximo alcança S-¥ . No semiciclo evolutivo alcança S+¥ . Temos assim no semiciclo involutivo o transformismo de S+¥ para S-¥ e, no semiciclo evolutivo o transformismo S-¥ para S+¥. Para quem conhece a teoria matemática dos Limites poderá compreender com facilidade que as seqüências, involutiva e evolutiva, tendem a um estado final nos dois sentidos do transformismo.

    Deste modo se considerarmos o tempo máximo (t max i) para que aconteça o transformismo involutivo S+¥ ® S-¥ e o tempo máximo (t max e) para que ocorra o transformismo evolutivo S-¥ ® S+¥ podemos escrever:

Limites
¬ Fórmula do desmoronamento do Universo
¬ Fórmula da resolução do Universo

    Pedro Orlando Ribeiro